O Fórum Cível sediou, na quarta-feira (16), a Campanha ‘A Justiça também é rosa’. O evento ocorreu em atenção ao ‘Outubro Rosa’ e foi realizado pela Associação das Esposas dos Magistrados e das Magistradas da Paraíba (AEMP) com apoio do Tribunal de Justiça da Paraíba. A ação buscou levar informações sobre a prevenção do câncer, com a palestra da médica mastologista, Joana Marisa de Barros, e contou com a apresentação do humorista Jessier Quirino e do coral da AEMP, juntamente com as detentas do Presídio Feminino Júlia Maranhão.
A presidente da AEMP, Solange Franca, agradeceu à todos que ajudaram para o evento acontecer e comentou, que a campanha ‘A Justiça também é rosa’ é muito importante para a Associação, pois luta em favor das pessoas com vulnerabilidade social e desperta a conscientização das mulheres em torno da prevenção. Solange, também, contou como conheceu Joana Barros e sentiu a necessidade de fazer um trabalho com ela. “Eu conheci Joana Barros, e a achei de cara muito especial. Ela tem feito grandes coisas no Estado da Paraíba, ajudando as mulheres que não tem condições de fazer exames à lutar pela vida.”, contou.
Joana Marisa de Barros, presidente da Organização não Governamental (ONG) Amigos do Peito da Paraíba, em sua palestra abordou a realidade das mulheres que não têm acesso à informação, ao diagnóstico precoce, como, também, ao tratamento adequado do câncer de mama e, consequentemente, a cura. “Essa falta de acesso repercute de maneira extremamente maléfica, já que aumenta a mortalidade por causa do câncer de mama”, disse, acrescentando que o caminho é fazer com que as mulheres tenham como saber do que estão sofrendo e possam receber o tratamento o mais rápido. “O projeto da ONG, hoje, é buscar através de uma conscientização globalizada dentro da Paraíba, temos que cuidar das nossas mulheres dentro das suas particularidades.”, explicou.
A palestrante ainda apresentou um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que revelou que só este ano serão mais 880 novos casos de câncer de mama na Paraíba e, em João Pessoa, 240 casos. Ela informou, que não existe uma estrutura que colha dados de forma correta sobre diagnósticos confirmados, realização de exames de mamografia e a quantidade de mulheres que morreram vítimas de câncer de mama. “Não temos esses dados. Como você pode atuar, sem uma estatística correta? O que temos são números levantados do Inca, que são baseados nos levantamentos feitos pelos estados, e, nós sabemos, são precários”, lamentou Joana de Barros.
Toda a renda obtida com o evento será doada ao Hospital Napoleão Laureano, responsável pelo tratamento de câncer na Paraíba, e à Organização não Governamental (ONG) Amigos do Peito. O valor do ingresso foi de R$ 25,00.
Por Ana Paula Cunha