SERÁ QUE EM ‘BRIGA DE MARIDO E MULHER NÃO SE METE A COLHER’?

Devido à necessidade de garantir proteção e autonomia das mulheres e resguardar a integridade feminina à Associação das Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba disponibiliza espaço na própria sede, para Atendimento Psicológico e Cursos Profissionalizantes às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que residem na região metropolitana de João Pessoa, tendo a parceria do Tribunal da Justiça, Defensoria Pública,  Coordenadoria das Delegacias da Mulher no Estado e o Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).

A ação nasce do Projeto “Ensinando a Pescar”, tendo como objetivo promover proteção duradoura para às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Através dos cursos realizados no Centro Profissionalizante Nossa Senhora de Fátima é dada uma possibilidade de autonomia financeira e reinserção qualificada no mercado de trabalho. “A mulher vítima passará a se visualizar com forças para dar continuidade a sua vida, de forma independente e autônoma”, afirmou Ana Lúcia Alencar Pereira, presidente da AEMP. Este projeto deriva-se da nova visão social que Associação tem trilhado na gestão atual. “Essa meta, de independência por meio de qualificação profissional, é justamente a tônica do novo modelo de ações sociais pensado pela AEMP”, informou.

A Psicóloga e Psicanalista, Leda Maia, também professora da UNIPÊ, disponibilizou-se para desenvolver estágio supervisionado na área da violência doméstica, que acontecerá na sede da AEMP. A professora comentou sobre a participação dos alunos nessa ação. “Os alunos estagiários terão como meta promover intervenção psicológica ao estado de crise e estabelecer o equilíbrio emocional e a ressocialização da vítima”, explicou. A psicanalista observa que esse é um público delicado, que necessita de acompanhamento e tratamento psicológico. “A atuação do psicólogo junto a vítima de violência, favorece o fortalecimento da autoestima”, enfatizou Leda Maia.

 

O Tribunal de Justiça, através da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a Defensoria Pública e a Coordenadoria das Delegacias da Mulher no Estado também abraçam essa causa visando as mulheres da região metropolitana de João Pessoa, que por vezes não dispõe desse serviço especializado.

 

A Juíza Graziela Queiroga de Souza, que está à frente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência, comentou que em contato com a rede de proteção, é possível acompanhar os passos envolvendo as vítimas de agressões. “Normalmente as mulheres procuram primeiro as delegacias, por esta razão achamos interessante essa parceria, além de registrar o boletim de ocorrência as mulheres já podem ser encaminhadas a procurar esse serviço que vai permitir uma orientação psicológica assim como a possibilidade de inserção no mercado de trabalho através de cursos”, contou. De acordo com a Magistrada o encaminhamento ao atendimento terapêutico e cursos profissionalizantes pode ser feito pela Defensoria Pública, pelas Delegacias das Mulheres e pelos juízes com competência na matéria de Violência Doméstica.

 

O projeto ainda conta com a colaboração do SESC, SENAC, SENAI, SESI, FIEP E FECOMÉRCIO, visando garantir a possibilidade de independência financeira para às mulheres e favorecer seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

 

A AEMP está de portas abertas para receber todas às mulheres vítimas de violência doméstica. LOCAL: Rua Rodrigues Chaves, S/N, Trincheiras. João Pessoa – PB.

 

Por Ana Paula Cunha